Não importa se você já tem um negócio funcionando há anos ou se ainda está estudando a possibilidade de empreender, é preciso entender o que é a contabilidade de custos e como ela pode ser útil para a sua empresa.

Afinal, os custos são um ponto fundamental tanto na hora de avaliar as possibilidades de sucesso de um negócio quanto na rotina da empresa e por isso, devem ser muito bem avaliados por meio da contabilidade de custos.

O que é contabilidade de custos?

A contabilidade é uma ciência extremamente útil no dia a dia das empresas, independentemente do tipo ou tamanho. É a responsável por realizar os cálculos e apresentar informações detalhadas sobre a evolução patrimonial e financeira de uma organização ao longo do tempo.

Por sua vez, a contabilidade de custos é o ramo da contabilidade geral especializado na gestão econômica do custo e dos preços de venda dos produtos e serviços oferecidos pelas empresas.

Ela surgiu com a Revolução Industrial, no século XVIII, com o advento de novas invenções e dos primeiros processos automatizados, que culminaram na produção em massa.

Nesse momento, a contabilidade, que havia desenvolvido metodologias e sistemas de informação para o comércio, teve que desenvolver novas metodologias para a gestão da indústria.

Tem início então a contabilidade de custos, com objetivo de determinar o custo dos produtos para fins de avaliação dos estoques industriais e, conseqüentemente, do custo desses produtos quando vendidos, para se obter o lucro na venda.

Assim, podemos dizer, de forma simplificada, que a contabilidade de custos e responsável pela determinação do Custo de Produto Vendido (CPV) quando falamos de indústrias e do Custo do Serviço Vendido (CSV), quando nos referimos aos serviços.

Lembrando que, com relação ao comércio, já falamos no blog sobre o que é Custo de Mercadoria Vendida (CMV) e como calculá-lo.

Qual a importância da contabilidade de custos para a sua empresa?

Um dos grandes desafios das empresas é determinar de forma correta o custo unitário do produto ou serviço que está sendo ofertado. E é justamente aí que a contabilidade de custos se mostra de grande utilidade e importância.

Porém, antes de avançarmos neste assunto é preciso que fique clara a diferença entre gastos, custos e despesas.

  • Gastos: todos os valores que são desembolsados pela empresa, ou seja, tudo que sai do caixa.
  • Despesas: são todos os desembolsos que a empresa tem para manter sua estrutura funcionando, mas diretamente não contribuem para a produção de novos itens que serão comercializados ou novos serviços que serão oferecidos. Por exemplo: gastos das áreas comercial, marketing, desenvolvimento de produtos, financeiro, etc.
  • Custossão os gastos que podem ser atribuídos ao produto final. Ou seja, todos aqueles relativos à aquisição ou produção de mercadorias, como por exemplo, matéria-prima, mão-de-obra e gastos gerais de fabricação, tais como depreciação de máquinas e equipamentos, energia elétrica, manutenção, materiais de conservação e limpeza para fábrica, etc.

Mas não para por aí, a contabilidade de custos separa também os tipos de custos existentes, que são eles:

Custos diretos e indiretos

Para definir se um custo é direto ou indireto é preciso determinar a facilidade ou dificuldade na apropriação desse gasto à unidade produzida, portanto:

  • Custos diretos: podem ser diretamente (sem rateio) apropriados ao produto, por exemplo: matéria-prima, mão-de-obra direta, material de embalagem.
  • Custos indiretos: são aqueles que, para serem incorporados, necessitam da utilização de algum critério de rateio, por exemplo: outros insumos de produção, água e energia elétrica que não pode ser associada a nenhum produto específico, seguros, aluguel da fábrica e do armazém, mão-de-obra indireta.

Custos fixos e variáveis

Já a definição entre custo fixo e variável está relacionada a variação desse gasto com relação à quantidade produzida.

  • Custos fixos: não se alteram com a variação do volume de produto fabricado. Por exemplo, o aluguel de um galpão para a produção ou de uma máquina.
  • Custos variáveis: têm relação proporcional ao volume de produção. Por exemplo, a matéria-prima ou embalagens.

A diferenciação desses termos fornece aos gestores financeiros a informação de onde os valores estão concentrados e assim, fica mais fácil a tomada de decisões dentro da organização. E, além disso, faz com que o resultado operacional se torne mais transparente. Daí, toda a importância da contabilidade de custos.

Como aplicar a contabilidade de custos: passo a passo

Como você já pôde perceber, a contabilidade de custos permite a identificação e o cálculo dos custos da empresa, através de um levantamento detalhado de tudo que foi desembolsado.

O maior desafio, no entanto, é a definição do custo unitário de um produto. Isso é de extrema importância, já que é através do custo unitário que podemos mensurar a viabilidade econômica de uma linha de produtos.

Para que isso seja feito adequadamente, os profissionais responsáveis utilizam diferentes métodos para dividir os custos indiretos, os chamados métodos de rateio. E entre eles, podemos destacar os seguintes:

  • Custeio por Absorção ou integral: neste método todos os custos ligados à fabricação do produto ou prestação do serviço são absorvidos, independentemente de ser um custo direto ou indireto. Assim, os gastos são distribuídos (rateados) para todos os produtos ou serviços.
  • Custeio Direto ou variável: aqui apenas os custos variáveis de produção do período são considerados. Ou seja, é feita a separação dos custos variáveis e fixos e os custos fixos são lançados como despesas.
  • Baseado em atividades (ABC): parte do princípio de que os custos de uma empresa são gerados pelas atividades desempenhadas nela e que essas atividades são consumidas por produtos e serviços gerados nesta mesma empresa.

O método de rateio por absorção é o mais usado, pois ele é o mais intuitivo de todos. E, de acordo com ele, a elaboração da contabilidade de custos envolvidos na produção de um produto ou prestação de um serviço, deve ser feita da seguinte forma:

  1. Identificar e separar custos e despesas, relacionando os custos diretos;
  2. Ratear os custos indiretos seguindo regras de absorção de custos;
  3. Comparar custos por produto com preço de venda aplicado;
  4. Analisar se houve variação entre o que foi planejado e o que foi executado, comparando com os orçamentos e com os custos-padrão pré-definido;
  5. Identificar as causas das variações e elaborar ações para correção, se necessário.

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: bcntreinamentos

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