A controladoria estratégica está diretamente relacionada ao planejamento empresarial. Por isso é importante que a empresa adote medidas que favoreçam a resolução de problemas, bem como a criação de soluções eficazes.
E para te ajudar, neste artigo abordaremos como a controladoria estratégica atua na empresa e como usá-la no planejamento estratégico.
Acompanhe e boa leitura!
O que a controladoria estratégica implica à empresa?
Até bem pouco tempo, a controladoria era vista apenas como uma área operacional. No entanto, atualmente, muitos gestores já se deram conta da importância da controladoria e o do quanto ela pode servir de apoio à estratégia do negócio.
Afinal, a controladoria é a área responsável pelo fornecimento de importantes dados aos gestores, sejam esses dados financeiros ou não.
Uma controladoria estratégica tem como objetivo auxiliar a tomada de decisão dos profissionais que ocupam os mais altos postos dentro da organização. Ela abastece esses executivos com informações para sejam feitos os devidos cálculos, estudos, implementações e controles.
Por sua vez, a controladoria estratégica atua em três diferentes níveis:
1. Risco: de acordo com a realidade da empresa são usados determinados processos e ferramentas que realizam o processo de gerenciamento de riscos, com o objetivo de trazer mais segurança e governança.
Dessa forma, reduz-se os riscos para os investidores e acionistas, bem como são minimizadas as chances de fraudes ou falta de transparência.
2. Planejamento: o planejamento serve para projetar o futuro da empresa de forma eficiente e quando realizado com as informações fornecidas pela controladoria se torna muito mais eficaz.
O exame de dados relacionados à produtividade, lucratividade, qualidade, participação no mercado, cenário econômico e político, entre outros, produzem o planejamento estratégico e o orçamento da organização.
3. Controle: é através do controle que a empresa garante que as estratégias traçadas e o padrão de qualidade estabelecido sejam cumpridos e alcançados.
A controladoria é a responsável pela elaboração da análise comparativa entre os resultados obtidos e os padrões de controle que foram traçados no planejamento estratégico.
O papel do controller na controladoria estratégica
É impossível pensar na controladoria estratégica sem pensar no papel do controller. Afinal, é ele o encarregado por reunir e analisar todos os dados contábeis, econômicos e financeiros da empresa.
Como você já sabe, essas informações serão fundamentais para a elaboração de planos e o desenvolvimento de ações visando o crescimento da organização, sejam elas a curto, médio ou longo prazo.
Assim, algumas das funções do controller ou gerente de controladoria são:
- Coordenar todo o processo estratégico e também de planejamentos da empresa;
- Coletar corretamente todas as informações relevantes que serão usadas como base para a tomada de decisão dos gestores, gerando assim relatórios confiáveis;
- Estabelecer e padronizar os procedimentos de mensuração usados na organização;
- Estruturar e coordenar as estratégias de comunicação entre as áreas da empresa;
- Acompanhar metas e objetivos, garantindo que eles sejam cumpridos de forma satisfatória;
- Elaborar o planejamento estratégico da empresa;
- Identificar as ações necessárias para que sejam solucionados os problemas que atinjam os processos e projetos;
- Gerenciar o orçamento da empresa para que esteja de acordo com o planejamento;
- Organizar o planejamento tributário;
- Servir de elo entre a área financeira e todas as demais áreas.
Por fim, para que o controller consiga cumprir de maneira eficiente todas essas funções, é imprescindível que ele possua algumas características, tais como: conhecimentos contábeis, boa comunicação, perfil analítico e que conheça profundamente a empresa na qual trabalha.
Como usar a controladoria no planejamento estratégico?
Para que a controladoria de sua empresa atue da melhor forma possível no planejamento estratégico é importante que ela adote alguns critérios que favoreçam a resolução dos problemas, bem como crie soluções realmente eficazes na prática.
Assim, é fundamental que ela desenvolva certos conceitos e priorize os seguintes critérios:
1. Valor (expectativa de retorno)
O valor é o resultado que se deseja conseguir com determinada ação. Ou, de maneira mais simples, podemos dizer que se trata do objetivo de determinada ação.
Quanto à sua natureza, ele pode ser:
- De natureza quantitativa: quando se refere ao aumento do lucro ou das vendas ou quando se refere à redução dos custos;
- De natureza qualitativa: quando se refere ao aumento da satisfação dos clientes ou à melhoria da qualidade nas atividades da empresa.
Aqui, vale destacar que para melhorar a análise da expectativa de retorno, é preciso que se determine metas clara, como por exemplo: redução dos custos mensais em R$ 2.000,00, aumento da satisfação dos clientes em 25% em um ano, etc.
E para facilitar a definição e estabelecimento das metas, muitas empresas de controladoria sugerem a utilização da estratégia SMART, que funciona da seguinte maneira:
- Specific (específicos): as metas devem ser precisas e específicas;
- Measurable (mensuráveis): as metas devem poder ser mensuradas na forma em volume ou valores;
- Attainable (atingíveis): as metas devem ser possíveis de serem atingidas;
- Realistic (realistas): as metas devem estar de acordo com os meios disponíveis;
- Time-bound (temporizáveis): as metas precisam ter prazo e duração definidas.
2. Tempo (expectativa de retorno)
Para um planejamento estratégico eficaz é preciso que a controladoria estabeleça prazos para cada um dos objetivos traçados. Os prazos podem ser curtos (em torno de um ano), médios (entre 1- 5 anos) ou longos (acima de 5 anos).
Lembrando que os objetivos de médio prazo exigem um planejamento mais detalhado e maior controle e os de longo prazo um nível bem mais elevado de planejamento e controle, pois tendem a ser bem mais complexos.
3. Gerenciamento de riscos
As informações fornecidas pela controladoria também devem ser usadas no planejamento estratégico com o objetivo de se fazer uma eficiente gestão de riscos. É claro que riscos sempre irão existir, porém é possível minimizá-los e preparar a empresa para enfrentá-los de forma mais segura.
E para que isso ocorra, é fundamental que exista um compartilhamento adequado de informações. Assim, a controladoria deve:
- Identificar e avaliar os riscos, bem como as respectivas práticas preventivas;
- Identificar as situações futuras e desenvolver estratégias de prevenção;
- Definir o perfil de apetite a risco de sua organização, conservador, moderado ou agressivo;
- Aperfeiçoar de forma contínua a gestão de riscos.
4. Autonomia da controladoria
Para que a controladoria cumpra bem o seu papel é importante também que ela tenha autonomia e liberdade para interferir no planejamento estratégico. Ela deve poder tomar decisões em nome da empresa e essas decisões serem acatadas por todos os setores da empresa.
No mais, para que a controladoria possa fazer valer o planejamento estratégico, é preciso que ela possa contar a participação de todos os profissionais, que eles contribuam com o fornecimento de informações relevantes e valiosas.
Conclusão
Diante de tudo o que foi visto neste artigo, fica claro o quanto a controladoria estratégica é importante para a empresa. Somente um controle rigoroso sobre os aspectos financeiros e operacionais pode garantir a sobrevivência de um negócio em um mercado tão competitivo e instável.
No mundo dos negócios, um planejamentos eficaz e a antecipação dos riscos é mais do que necessário para se evitar surpresas e prejuízos graves.
Fonte: bcntreinamentos