Demandas por agilidade, produtividade e redução de custos têm levado instituições públicas a apostar na transformação digital como forma de melhorar o serviço prestado aos cidadãos.

É uma tendência global, dizem analistas, e que tem oferecido soluções para problemas pontuais como um buraco na rua até a assinatura de grandes contratos.

Aracaju (SE) é o caso de um município que experimenta um momento de “ruptura cultural”, nas palavras do prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB).

Cerca de 10 mil servidores estão sendo capacitados para usar um software, batizado de AjuInteligente, pelo qual a prefeitura pagará R$ 8 mensais por terminal e que torna todos os processos da capital sergipana online.

“Este momento representa uma ruptura cultural no serviço público”, diz Nogueira.

As iniciativas de modernização também têm sido uma bandeira política. Em eleições recentes, como 2016 e 2018, ascenderam no Brasil nomes como o do governador de São Paulo, João Doria, e do presidente Jair Bolsonaro, que traziam discursos sobre adotar estratégias do setor privado no serviço público.

Algo que tem sido comum no mundo, segundo Barton Phillips, executivo de vendas da DocuSign, empresa com sede nos Estados Unidos que atua no ramo de assinaturas eletrônicas e que tem contratos com instituições públicas em 45 dos 50 Estados americanos.

O jornal O Estado de S. Paulo esteve em San Francisco, no Momentum 2019, conferência em que a DocuSign discutiu entre outros temas os desafios da transformação digital de instituições públicas.

“Está havendo uma mudança: antes nós íamos atrás das organizações públicas. Agora, elas têm buscado a tecnologia. A coisa boa dos governos é que eles não têm problema em ‘copiar’ boas iniciativas uns dos outros”, afirmou Phillips.

Um estudo global recente da Forrester, empresa de consultoria especializada em transformação digital, mostrou que há uma mudança de prioridades em organizações que passam por “mudanças” como as citadas por Barton Phillips ou “rupturas culturais” como as de Aracaju. A consultoria perguntou a mais de 600 tomadores de decisão de organizações públicas e privadas de oito países, entre eles o Brasil.

Antes da transformação, o foco principal dessas organizações era reduzir custos (32% dos consultados). Aumentar a produtividade (22%) e melhorar a experiência do usuário do serviço (16%) vieram em sequência.

Dois anos depois, com a modernização em andamento, o foco no usuário passou a ser a prioridade dessas mesmas instituições (33%) e a redução de custos passou a ser o principal motivo apenas para 16%.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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